sexta-feira, 14 de março de 2008

Mogadouro valoriza floresta

Projecto contempla a limpeza da floresta e de caminhos e a criação de pontos de água

O município de Mogadouro está a limpar e desmatar 5.000 hectares de floresta em Castelo Branco. Trata-se de uma mancha florestal sensível e com importância económica, que dá grandes preocupações aos bombeiros e autarcas.

A construção de pontos de água para o abastecimento de meios aéreos e veículos de combates a incêndios florestais é outra das preocupações.

O projecto, que se encontra em fase avançada de execução, visa diminuir o risco e a probabilidade de ocorrência de incêndios florestais no concelho de Mogadouro, através de um conjunto de acções que vão reduzir o risco de combustão e de progressão dos fogos florestais.

Os trabalhos abrangem uma importante mancha florestal, que corresponde a cerca de um quarto da área total do concelho. Ao todo são abrangidas cinco freguesias, designadamente Bruçó, Castelo Branco, Meirinhos, Vale de Porco, Vilar do Rei e Vilarinho dos Galegos.

A maioria destas áreas está inserida no Parque Natural do Douro Internacional. Além disso, uma grande parte da área de intervenção apresenta povoamentos florestais adultos, que rondam os 40 anos de vida e nunca foram alvo de qualquer limpeza, no sentido de diminuir a carga de combustível. Existem, ainda, grandes áreas de mato em consequência do abandono agrícola.

A par da limpeza, também está em curso a abertura e limpeza de estradões florestais e caminhos secundários, num total de cerca de 77 quilómetros.

Acções envolvem uma mancha florestal que abrange cinco freguesias

Deste projecto destaca-se, ainda, a construção de dois pontos de água, visto que os existentes não têm a densidade de referência, ou seja 600 metros cúbicos por cada mil hectares. Os recursos já existentes foram limpos e os acessos facilitados.

Para além desta intervenção, executada por homens e máquinas da autarquia, serão ainda levadas a cabo acções de silvicultura preventiva, com a criação de faixas de gestão de combustível, que serão desenvolvidas de forma a permitir uma compartimentação da área de incidência.

Segundo o vereador da Câmara Municipal de Mogadouro, Dário Mendes, esta acção resulta de uma candidatura à medida AGRIS, do Ministério da Agricultura, no valor de 320 mil euros.
Os trabalhos terão de estar terminados até ao próximo mês de Junho, antes da chegada da “época crítica” de incêndios.

Francisco Pinto, Jornal Nordeste, 2008-03-14
Visto em: Diário de Trás-os-Montes

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